Eixo 2: Sistemas agroalimentares – mitigação e adaptação climática

Os sistemas alimentares são ao mesmo tempo impactados pelas mudanças climáticas e responsáveis por sua intensificação. Enfrentar esse desafio exige reduzir emissões de gases de efeito estufa por meio de medidas de mitigação e, paralelamente, fortalecer a resiliência com estratégias de adaptação.

No Brasil, essas ações resultam da interação entre práticas produtivas, gestão territorial, políticas públicas e escolhas sociais que envolvem população, empresas, movimentos e Estado. Entre as medidas de mitigação destacam-se manejo sustentável do solo, uso eficiente de fertilizantes, integração lavoura-pecuária-floresta e agroecologia; na adaptação, diversificação de cultivos, valorização da agricultura familiar e desenvolvimento de sistemas resilientes a eventos extremos. Complementam o quadro a educação alimentar, a promoção de dietas de menor impacto, a valorização de cadeias curtas, a redução do desperdício e mecanismos de governança intersetorial.

Esse eixo dedica-se a reunir informações, compilar estudos e desenvolver pesquisas sobre tais estratégias em diferentes escalas, analisando sua formulação, aplicação e contestação nos diferentes contextos urbanos e rurais no Brasil, além de identificar boas práticas, mapear desafios e oferecer subsídios científicos para orientar decisões que conciliam mitigação, adaptação e segurança alimentar.