O avanço do desmatamento nas regiões amazônicas e do Cerrado tem efeitos diretos sobre os sistemas agroalimentares brasileiros. A remoção da vegetação nativa impacta o equilíbrio hídrico, altera o regime de chuvas e empobrece os solos, comprometendo a fertilidade da terra e a biodiversidade local.
Esse desequilíbrio ambiental afeta não apenas a produção agrícola em larga escala, mas também as formas tradicionais de cultivo praticadas por povos indígenas, comunidades quilombolas, ribeirinhas e agricultores familiares. O desmatamento, associado ao uso intensivo de agrotóxicos e à expansão de monoculturas, agrava a crise climática e fragiliza a soberania alimentar do país.
Promover cadeias de abastecimento sustentáveis passa pela defesa dos territórios, restauração de ecossistemas e apoio a práticas agroecológicas, que respeitam o meio ambiente e fortalecem economias locais.