A escassez de chuvas, agravada pelas mudanças climáticas, já afeta diretamente a segurança alimentar em diversas regiões do Brasil. Em áreas como o semiárido nordestino e partes do Cerrado, a redução do volume de água compromete a irrigação, prejudica lavouras e impacta severamente a produção de alimentos.
Além disso, a seca afeta a cadeia logística: reservatórios secos encarecem o transporte fluvial e elevam custos operacionais. Famílias agricultoras, especialmente em comunidades tradicionais e territórios vulneráveis, enfrentam maior insegurança hídrica, diminuindo sua capacidade produtiva e aumentando sua dependência de políticas públicas.
O enfrentamento da seca requer medidas estruturantes: políticas de conservação da água, ampliação do acesso a tecnologias sociais (como cisternas) e fortalecimento das redes de abastecimento de alimentos locais e sustentáveis.